Por Renata Rocha
Estávamos sentados na mesa da cozinha. Eu, minha mãe, minha tia, minha irmã e meu primo de cinco anos. Conversávamos sobre vestibular. Minha irmã estava decidindo que curso fazer. Estava em dúvida entre fotografia, educação física e fisioterapia (sim, todos muito parecidos)...
Enquanto fazíamos comparações entre os cursos, vantagens e desvantagens, meu primo interrompeu a conversa para dizer “Já sei o que vou ser quando crescer”. Todos estavam virados para aquela criatura minúscula esperando a resposta. “Vou ser o Batman, porque ele é forte e muito esperto”. E deu um sorriso de satisfação, pegou o carrinho e continuou a brincar pensativo, enquanto nós, depois de rirmos um pouco, já havíamos trocado de assunto.
Depois de um tempo, ele novamente nos faz parar a conversa. “Não, não! Mudei de ideia. Vou ser o Super-Homem! Ele é melhor que o Batman. É forte, esperto e ainda voa”! Nós concordamos e percebemos que ele ainda pensava no futuro. Foi quando ele deu um pulo, subiu na cadeira e falou decidido: “não, mesmo. Mudei de ideia. Já sei o que vou ser quando crescer”! Estava com uma expressão de alívio e felicidade ao mesmo tempo. Um sorriso enorme estampado na boca. O futuro estava decidido. Todos olhávamos curiosos aquele pequenino de olhos azuis, quando ele responde com as mãos na cintura: “vou ser Deus”!
Nós caímos na gargalhada.
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