quinta-feira, 28 de julho de 2011

Amamentação aumenta o vínculo entre mãe e filho

Além de ser a melhor maneira de alimentar um bebê, amamentar faz com que mãe e filho sintam-se mais próximos um do outro.

Amamentar é a melhor maneira de alimentar um bebê e o leite materno é a nutrição mais completa para ele. De acordo com a enfermeira Adriléia Lopes de Jesus Kruger, amamentar é extremamente importante para o recém nascido. “O leite materno contém vitaminas, minerais, gorduras, açúcares, proteínas, substâncias nutritivas e de defesa que não tem no leite da vaca e são de fácil digestão para o estômago da criança. Além disso, ele protege contra doenças”, explica.


A enfermeira ensina que até os seis meses de vida a amamentação deve ser o alimento exclusivo do bebê. “Após os seis meses a mãe pode continuar amamentando. Esse processo pode durar até os dois anos de idade ou mais, e então, que começam a introduzir os alimentos da família”, diz.
Já que o leite da mãe transmite nutrientes ao bebê, é importante que ela tenha uma alimentação saudável durante esse processo. “É recomendável comer frutas, evitar alimentos enlatados, ácidos e com condimento nessa etapa”, comenta a enfermeira.

O tempo de amamentação depende de cada criança. “A mãe deve amamentar o tempo suficiente para satisfazer o bebê. Isso pode ser de aproximadamente cinco a dez minutos cada mama e alternar entre as duas. O intervalo das mamadas podem ser de duas em duas horas, mas se a criança sentir necessidade pode comer novamente”, esclarece.

Na hora de amamentar

A enfermeira Adriléia afirma que a mãe pode escolher a posição na hora de amamentar. “A barriga do bebê encostada no corpo da mãe é a mais comum. Quando o peito estiver cheio, a mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aréola. Com os dedos indicador e polegar, ela deve espremer as regiões acima e abaixo do limite da aréola para retirar algumas gotas de leite e amaciar o bico”, explica.
Depois de alimentada, é hora de fazer a criança arrotar. “O jeito é colocá-la em posição vertical no colo da mãe e esperar. Se a criança ficar deitada pode aspirar ao leite e se afogar. Caso ela não arrote, é importante esperar um tempo para que ela não se afogue com o leite”, comenta Adriléia. 
Segundo a enfermeira, quando a própria criança recusa o leite é porque está satisfeita.

Uso de anticoncepcional

A amamentação já é um meio anticoncepcional natural. Segundo a enfermeira Adriléia Kruger, mesmo assim, a mulher pode tomar a pílula anticoncepcional durante esse período. “É importante procurar um médico para saber qual remédio deve ser utilizado”, avalia.

Amamentação aos olhos da mãe

A psicóloga e professora Graciana Fascin foi mãe pela primeira vez em março deste ano. “É através da mãe que é possível manter a vida de uma criança e mais, isso só acontece se tivermos paciência para o processo de adaptação entre mãe e filho no início da amamentação, compreensão para entendermos qual o momento que a criança deve ser alimentada, responsabilidade quanto aos horários, cuidados com o leite em se tratando da nossa alimentação e o quanto ele é rico para a criança”, conta.

Depois da experiência de ser mãe, Graciana afirma que compreendeu a importância deste ato. “Amamentar é importante para o desenvolvimento da criança e para a mãe. É o momento que favorece um contato mais íntimo entre os dois. É importante para o bebê, pois auxilia na prevenção de doenças, excelente para o desenvolvimento da face, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração”, afirma.

Ela ainda comenta que o leite materno é necessário para a mãe e filho. “É importante também para a mãe, pois reduz o risco de diabetes, câncer de mama, é um método natural para evitar a gravidez, ajuda o útero a voltar ao seu tamanho normal, por exemplo”, diz. 

Desenvolvimento psicológico

A amamentação é um momento de prazer para a criança, de contato muito intimo com a mãe. A psicólga Tuly Abel comenta que é  neste momento que a criança nutri os desejos de fome, causando um sentimento gostoso para ela. “Consequentemente, este momento pode deixar a criança mais serena e calma, mais não significa que ela será assim no decorrer de sua vida”, explica.

A profissional ainda afirma que a mãe que não tem paciência para amamentar pode transferir este sentimento para o bebê. “A falta de paciência para amamentar pode estar associado a outros vários problemas, por exemplo: gravidez não desejada, abandono do pai da criança, problemas no relacionamento conjugal. Tendo em vista que para mãe o momento da amamentação é extremamente importante, esta irritabilidade e falta de paciência com certeza será sentida pelo bebê. A mãe não falará palavras de carinho ou nem mesmo irá acariciar o bebê durante este momento. 

Ele sentirá a respiração e o batimento cardíaco da mãe e saberá que algo está errado, sentindo a angústia da mãe”, comenta. 

Tuly ainda fala sobre os benefícios de amamentar. “Pode-se destacar o aumento do vínculo entre mãe e filho, colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas e ainda protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário e problemas cardiovasculares. 

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